Alfredo Volpi foi artista
plástico ítalo-brasileiro. É considerado um dos principais artistas da Segunda
Geração do Modernismo Brasileiro.
De origem modesta, o artista
não teve uma educação formal em arte. Ganhou destaque com pinturas
representando casarios e bandeirinhas de festas juninas (sua marca registrada).
Alfredo Volpi nasceu em Lucca,
na Itália, em 1896 e faleceu em São Paulo em 1988. Veio ao Brasil com seus
pais, com apenas um ano e meio. Volpi nunca se naturalizou, mas seu coração era
brasileiro.
Desde pequeno gostava de
misturar tintas e criar novas cores. Sempre foi fortemente ligado à Itália, um
grande admirador dos mestres pintores de sua terra natal.
Filho de operários imigrantes,
operário também se tornou. Tentou a vida como carpinteiro, entalhador de
móveis, encadernador, pintor de paredes e por fim pintor-decorador de
paredes.
Aos 16 anos de idade pintava
frisos, florões e painéis nas paredes das mansões paulistanas; foi aos 16 anos
que pintou a sua primeira aquarela. Aos 18 anos, ele pintou sua primeira obra
de arte, sobre a tampa de uma caixa de charutos, usando tinta a óleo.
O artista sempre valorizou o
trabalho artesanal, construindo suas próprias telas, pincéis e tintas. Num
processo típico de um pintor do Renascimento, fazia suas tintas diluídas em uma
emulsão de verniz e clara de ovo, em que ele adicionava pigmentos naturais
purificados (terra, ferro, óxidos, argila colorida por óxido de ferro) e
ressecados ao sol.
Mesmo tendo nascido na Itália,
Volpi é um dos mais importantes artistas brasileiros deste século. Antes de
qualquer coisa, trata-se de um pintor original, que inventou sozinho
sua própria linguagem. Foi um auto didata. Sua evolução foi natural, tendo
chegado à abstração por caminhos próprios, trabalhando e dedicando-se a essa
descoberta. Volpi brincava com as formas, as linhas e as cores. Nunca acreditou
em inspiração.
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