Heresia ou loucura: as representações da
imagem do homem nas cenas do juízo final na Idade Média e no Renascimento.
Davi Querino da Silva
Universidade
Federal da Paraíba
Resumo
Este artigo tem
por objetivos situar e discutir as definições e questões que envolvem a noção imagética
e idealística no cenário da Idade Média e a concepção de Juízo Final. Possibilitando um novo dialogo acerca das imagens representadas do Juízo Final da Idade Média e dos renascentistas. A
Idade Média em geral suas temáticas priorizam a imposição dogmática através da imagem do
pecado e do medo, uma vez que nada mais deveria ter importância na terra a não ser a figura do cristo. O Renascimento
se contrapõe por valorizar a razão em detrimento a religião, acredita-se na
ciência e o homem como centro do universo. Procurou-se fazer uma relação entre “heresia”
ou loucura nesses períodos e supostamente nas representações das cenas do juízo
final medieval e/ou renascentista.
Palavras-chave: Historia da Arte, juízo
final e loucura.
Abstract
This article aims to
locate and discuss the definitions and issues surrounding the notion imagery
and idealistic scenario in the Middle Ages and the design of Judgement.
Enabling a new dialogue about the images depicted the Last Judgement of the
Middle Ages and the Renaissance. The Middle Ages generally prioritize their
issues through the imposition of dogmatic image of sin and fear, since nothing
else on earth should it matter unless the figure of Christ. The Renaissance is
opposed to value reason over religion, we believe in science and man as the
center of the universe. We tried to make a connection between "heresy or
madness during these periods and supposedly the representations of scenes from
medieval doom and / or Renaissance.
Keywords:
Art History, doom and madness
1. Introdução
Este artigo tem
por objetivos situar e discutir as questões que envolvem a noção imagética e
idealística da Idade Média. Partindo do conceito do que foi a Idade Média e
qual a função da arte nesse período e no Renascimento. A Idade Média
caracteriza-se pela ascensão da igreja católica, pela crença em um único Deus
criador do céu e da terra, e pela
concepção do pecado original dentre outras.
O modo ou a
forma como os artistas trataram os temas ou assuntos ligados a arte e a igreja
serão diferentes em ambos os períodos, para arte medieval era importante a
imposição dos dogmas da igreja, para os renascentistas era o culto a figura do
homem como belo ou com expressão de uma visão espiritual.
As
características da Idade Média são: o Teocentrismo, economia de subsistência , a divisão da sociedade em três classes: o
clero, a nobreza e os camponeses, essa situação de hierarquia era estática.
Procurou-se discutir as questões que
envolviam “o processo do fazer artístico”, valorizando as noções dogmáticas da
igreja, a concepção de Juízo Final
influencia na relação com o mundo humano ao divino e vice-versa,
diferente do renascimento que priorizou-se a figura do homem como centro do
universo.
Pode-se perceber
que as formas como serão representadas as figuras no juízo final da arte
medieval e dos renascentistas são divergentes, por varias situações, como por
exemplo, o contexto histórico, social e cultura de ambos os períodos.
Existem várias definições
para o termo Idade Média, alguns historiadores chamam de idade das trevas por
talvez acreditar não haver avanço
cientifico no período em que a igreja católica controlava toda informação, ou
supostamente pelas características de perseguições aos hereges e o culto na
crença que tudo é pecado, a idéia do pecado original, do juízo final ou ainda
por ser um período que situa-se entre a antiguidade clássica e o renascimento italiano.( Janson, 1996).
A Idade
Média é um imenso intervalo de tempo entre a Antigüidade Clássica e a Idade
Moderna ou modernidade. Alguns historiadores situam seu início entre o ataque
dos bárbaros a Roma, após a morte de Teodósio (395 d.C.) e a tomada de Roma por
Alarico (410 d.C.) ela termina em torno de 1453, ano da tomada de
Constantinopla pelos turcos.
Nesse período, sob a influência do cristianismo,
acreditava-se que o mundo era um todo organizado de acordo com os desígnios de
Deus. Por isso, tudo e todos obedeciam à ordem divina. Os insanos, assim como
os retardados e os miseráveis, eram considerados parte da sociedade e o
principal alvo da caridade dos mais abastados, que assim procuravam expiar seus
pecados[1].
Contribuíram
para o surgimento da Idade Média, a ascensão da igreja católica e o Teocentrismo,
a sociedade era eminentemente rural com as pessoas residindo em feudos,
comercio frágil etc. Hierarquicamente está dividida em três camadas sociais: o
clero, nobreza, e os camponeses ( servos).
Com
a queda de Roma e ascensão do poder da
Igreja Católica na Idade Média o culto ao belo passou ao culto a figura do cristo, enfocando nos
cristões, a idéia de salvação e vida eterna. Enquanto para os egípcios a arte
era voltada para uma vida após a morte, na Idade Média, mesmo crendo na possibilidade
de uma visa pós morte, a arte era centrada na imposição dos dogmas da igreja
como forma de ensinamento e doutrina.
Não havia necessidade em representar de forma realista o mundo, e foram proibidas o culto a algumas
imagens, como por exemplos os nus muito cultuados pelos greco-romanos.A
arte medieval fugia dos padrões
clássicos e talvez por essa e outras razões passou a ser vista como algo
grosseiro, daí mais tarde se chamara de gótica ou mesmo bárbara.
A pintura se desenvolveu mais como afresco ou
nas iluminuras durante a arte medieval, era comum as representações de cenas
bíblicas em mosaicos e tapeçarias. A
escultura era incorporada a arquitetura como se ambas fizessem parte do mesmo
espaço.
Na Idade Média era comum grandes
edificações em detrimento do grande
número de guerras ocorridas nessa época, as construções tinha como fim a
proteção dos reis e senhores feudais, suas famílias e bens, contra ameaças ou
conflitos. os castelos também serviam de
pontos estratégicos na conquista de novos territórios. Palácios e igrejas em
algumas situações eram construções monumentais, tudo como formar de demonstrar
o controle diante da sociedade, dentre as estratégias usadas nesse período
estava a santa inquisição.
Ficou conhecido como santa inquisição um poderoso instrumento em que a
igreja católica utilizou-se como forma de punição aos hereges. Naquela época,
praticamente tudo simbolizava pecado, logo os fies iam se confessar e conseqüentemente
cada confissão implicava em pagamento de indulgencia a igreja, essas e outras
façanhas foram primordiais para o enriquecimento da igreja e sua expansão do
poder. No contexto artístico, toda arte estava a serviço da divindade centrada
na figura do cristo ou de um Deus único o qual dominaria todo o mundo, não caia sequer uma folha se não fosse vontade
dele, o chamado Teocentrismo.
Com
o Cristianismo a história se torna linear: há um ponto de partida (gênese), um
de inflexão (encarnação) e um de chegada (juízo final). Portanto, linear, mas
não ao infinito, pois há um tempo que só Deus conhece limitando o desenrolar da
passagem humana.[2]
O
Renascimento foi movimento artístico e cultural que surgiu na Itália nos finais
da Idade Média, retomando os princípios da antiguidade clássica.
Características renascentistas: humanismo, antropocentrismo ( o homem é
considerado o centro do universo) em contraposição ao Teocentrismo, valorização da razão e cientificismo.
Na Idade Média a relação entre
heresia[3] e
loucura não andava muito distante, apesar da igreja não considerar a figura do
doente mental totalmente como herege, esse era visto como lunático, bobo, ou
comumente como alguém que estava possuído pelo
diabo. Eram comuns os rituais de exorcismo e ainda de castigos a algumas
dessas figuras. É provável que a medicina não reconhecesse a loucura como uma
doença mental, já a igreja via apenas como um ser bastardo e anormal, o qual
recebeu um castigo de Deus por algum pecado que ele ou alguém da família tenha
cometido.
Não se tem conhecimento quanto à
representação dos doentes mentais ou loucos na arte da Idade Média. Porém as
cenas do juízo final representam figuras bizarras e muitos possuídos por maus
espíritos, em algumas situações a figura do louco pode aparecer de forma
implícita pela idéia de loucura poder ser considerada com uma forte perturbação
mental e não seria difícil em meio a tantas regras e imposições impostas pelo
teor religioso e a crença na ardência no fogaréu do inferno. Deve-se considerar que as
pressões causadas nesse período aos fies, seriam suficientes para ocasionar
sérios danos psicológicos.
A figura humana não é vista com
auto-suficiente, capaz de resolver seus problemas, cabia ao Deus encarrega-se
dessa tarefa. Sendo assim, quem não conseguisse viver conforme seus desígnios, estaria condenado a tal julgamento.
A
Inquisição reconhecia a loucura como uma doença que afetava diretamente os
“miolos”, os inquisidores não afirmavam que se tratava exclusivamente de
heresia. Este parecer não diferia muito do conceito popular com respeito aos
doidos, nem tão pouco dos médicos que nesta época praticamente desconheciam
doenças mentais.[4]
A
face da loucura na Idade Média estava entrelaçada no ambito da ira, de um ser
possuido por magoas ,e revoltas.
Segundo Alberto:
No período medieval , com
frequencia ira e loucura aparecem associadas. Atos descontrolados, onde a
colera toma conta do ser, de bravura furiosa,insanos pode ser relacionados a
loucura por seu carater de afastamento da razão. Em contraponto, o louco , frenético
,possuido,furioso ,pelas suas ações e tomado de acessos de ira. Locura e ira
são, portanto, muito proximas, e pela ambiguidade concernente a ambas,por suas
varias caracteristicas semelhantes, as
fronteiras entre elas nunca estiveram claramente delineadas.[5]
Acerca da representação da imagem do
homem nas cenas do Juízo Final Hieronymus Bosch foi um dos artistas que pintou
fantasticamente essa cena nos fins da Idade Média. Posteriormente no período
renascentista, Michelangelo faz as cenas do juízo final na Capela Sistina. A
própria noção de juízo refere-se a bom senso, cautela, ponderação, prudência e
outras significâncias. Esses sinônimos da palavra juízo, são antônimos do
conceito de louco, ou seja,de um individuo da não razão e “desajuizado”.
No período renascentista a loucura
passa a ser associada à razão. De acordo com CARBANEZE:
O Louco no Renascimento é representado pelo homem que
erra de cidade em cidade, navegando na nau dos loucos em relação direta com a
sabedoria e a verdade. O autor cita foucault
que inferi: “ ( ) confiar o louco aos marinheiros era com certeza evitar que
ele ficasse vagando indefinitivamente sobre os muros da cidade, é ter a certeza
de que irá para longe, é torna-lo prisioneiro de sua própria loucura.” (
Foucault, 1978, p.11-12)[6]
As cenas
do Apocalipse e do Juízo Final era uma verdadeira persuasão imagética acerca do
inferno que estaria por vir. A idéia seria que Deus castigaria os hereges e os
que estivessem em pecado, quando chegasse o fim dos tempos. Por isso as cenas
eram postas nas igrejas como uma forma de impor medo aos fies. Era um mundo
agonizante o mundo do inferno, repleto de figuras maléficas, com espetos ou
garfos nas mãos, prontos para apunhalar qualquer um que não vivesse condizente
com as leis divinas.
Na visão apocalíptica do Juízo final [C.f. infra figura1], mostra
de modo expressivo e dramático o interrogatório das almas. Perceber-se que os mortos
saem de seus túmulos amedrontados, são atacados por serpentes e bichos
estranhos. As figuras são deformadas com o intuito de enfatizar o drama, a
sensação de horror e angustia diante do julgamento.

Figura 1: juízo Final ( detalhe) –
Catedral de Autum
Sobre a figura [ C.f. ultra, fig.1] Janson ( 2005) escreve:
O pormenor da gravura do juízo final da
catedral de Autum
mostra parte da metade direita do tímpano, com
a pesagem das almas. Em baixo os mortos erguem-se das sepulturas , tremendo de
medo ; alguns estão a ser atacados por serpentes ou apanhados por mãos enormes que parecem garras. Na parte
central, a sorte de cada um pende literalmente da balança, com os demônios puxando para um dos pratos enquanto os anjos
puxam do outro. As almas eleitas, agarram-se
como crianças às vestes do anjo, buscando protecção, ao passo que os
condenados não escapam aos diabos de presas agudas que os atiram para a boca do
inferno. (Janson, 2005, pag. 291).
Acreditava-se
que toda alma possuía um peso, poderia variar de acordo com cada pecado. A
balança servia para medir, como enquadramento, e o peso do certo ou errado.
As almas
que pesassem mais que o permitido pela balança, arderia no fogo com enxofre nas
profundezas do abismo. Sendo então um cenário perfeito, que se usaria como
formar de amedrontar as pessoas. Esse modo de representação foi viável devido
aos aspectos sociais e culturais da época, o intuito seria de um feitio de
dominação social.
As cenas
do juízo final apresentadas por Fran Angélico [ C.f. infra figura 2 ], é algo
totalmente voltado para o universo sobrenatural, no plano divino encontra-se
Deus reunido com as figuras angelicais, no plano das almas perdidas encontra-se
uma batalha pelas conquistas das almas.

Figura 2: Juízo Final- Fra Angelico
Fonte:
http://dimensaoestetica.blogspot.com/2009_07_01_archive.html
O Juízo Final representado por
Michelangelo [C.f. infra, figura 3] foi inspirado nas narrativas bíblicas.
O Juízo Final de Michelangelo seria uma reação a crise social e
cultural que atingia aquele momento. A temática trata de um dogma cristão,
discute o drama humano em um momento
de insegurança, e incerteza, quando o
homem deixa de apenas ser visto como o centro do universo, tendo assim fazer um
equilíbrio entre o mundo humano e o divino. Seria então a demonstração de instabilidade
política e religiosa ocasionada pela reforma.
Diferente do Juízo Final da Idade Média, em
Michelangelo no Renascimento a ênfase é a beleza física inspiradas nos greco-romanos,
e a utilização do corpo humano como
expressão de uma idéia espiritual.
A composição é aparentemente harmônica,
não no sentido de unicidade e estabilidade estética, mas com vários personagens
em situações dramáticas e agonizantes. São enfatizadas as figuras com formas de
volumes e escultóricas.
Enquanto nas cenas do Juízo final da
Idade Média enfatiza-se a deformação da figura para expressar dor, sofrimento e
os personagens sempre como se estivessem em outro ambiente diferente do mundo
real.
No renascimento Michelangelo dar ênfase nas
figuras e as põem em ambiente terreno ou com aparência natural. Pois no
Renascimento prioriza-se a razão em detrimento da emoção religiosa, antepõe-se a
figura do Deus como centro do universo passado essa função ao homem. O homem pode
influir em seu próprio destino, sem necessariamente
considerar os “fatos” supostamente
impostos pela divindade.

Figura 3: Juízo Final- Michelangelo
Fonte:http://casoseacasosdavida.blogspot.com/2009/07/michelangelo-1475-1564.html
É importante ressaltar que a
concepção de juízo final e de purgatório é vista de forma diferente pelas várias
religiões. No entanto, aqui tratamos do cristianismo durante a Idade Média e no
“Renascimento.”
É perceptível a função da arte em
cada período da historia da humanidade, influenciando toda relação, cultural, política,
econômica e religiosa.
5. Considerações finais
Ao introduzirmos o panorama
histórico e artístico acerca das representações das imagens no cenário do Juízo Final medieval
e renascentista, percebeu-se que houve uma divergência na forma de aparecimento
das figuras e em torno do conceito. É entendível que houve aspecto da expressão
da loucura de forma implícita, apenas como um resquício.
Apesar destas diferentes concepções
que envolvem o cenário idealístico e imagético acerca das imagens representadas
no juízo Final da Idade Média e do Renascimento. As relações entre heresia e
loucura, seria um possível aparecimento no âmbito do cenário do Juízo final, de
maneira geral, é provável essa ligação.
A imagem do homem irá se diferenciar
nos dois períodos, conseqüentemente a maneira perceptiva sobre o conceito da
loucura também será antagônica. Mas a relação de preconceito com os loucos acontecera
em ambos.
Essas imagens são carregadas de
símbolos e signos, e houve uma intenção em cada proposta Quando se fala em
signos, deve-se lembrar que toda imagem é carregada de signos, e para
desvendá-la é necessário a tentativa do
que significa, saber o que significa é conhecer o signo, é desnudá-lo.
A sociedade medieval se norteia pelo
Teocentrismo e a renascentista na concepção do antropocentrismo. Toda via na
historia da humanidade, a relação entre arte e sociedade se dará de maneiras
diferentes, sendo relevante entender a função da arte em cada período para melhor perceber a vida.
6. Referências
ALBERTO, Rodrigo Moraes. A ira insana e loucura furiosa no ocidente medieval. Disponível em:
http://www.seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/9860/5714,
acesso em 20.06.2010
A loucura na idade
média. Disponível em: http://estevamhp.sites.uol.com.br/atua/WINDOWS/Desktop/teste/enfermagem/museu/im.htm,
acesso em 22.06.2010
CARTARIN, Cristiano. Heresia
ou loucura. Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=759,
acesso em 22.
06.2010.
CARBANEZI,
Elton Roberto. A episteme ( des) silenciadora da loucura.
Disponivel em: http://www.observatoriodeseguranca.org/files/monografia_pdf.pdf,
acesso em 28.06.2010.
JANSON, H.W/ JANSON,
Antony F. Iniciação à história da arte.
São Paulo: Martins
Fontes, 1996.
JANSON, H. W. História
da arte. Lisboa: Gulbenkian, 2005
SILVA, Patrícia Barbosa da. O (pré) conceito de idade média. Disponível em: http://www.brasilescola.com/historiag/conceito-idade-media.htm,
acesso em: 25.06.2010.
[1]
Disponível em: http://estevamhp.sites.uol.com.br/atua/WINDOWS/Desktop/teste/enfermagem/museu/im.htm.
Acesso em 22.06.2010.
[2] Disponível em: http://www.brasilescola.com/historiag/conceito-idade-media.htm,
acesso em 25.06.2010.
[3] Derivado da palavra grega
háiresis - que significa escolha -, o conceito de heresia tomou uma conotação
negativa com o advento do Cristianismo, passando a significar uma rejeição ao
próprio ensino apostólico. Ou seja, sob a ótica cristã, mais do que uma opinião
divergente, a heresia é algo que traz em seu bojo uma afronta direta à doutrina
oficial da Igreja.
Disponível em: http://www.comunidadeespirita.com.br/curiosidades/o%20que%20e%20heresia.htm,
acesso em 28.06.2010.
[4] Disponível em: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=759,
acesso em 22.06.2010
[5] Disponível em: http://www.seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/9860/5714,
acesso em 27.06.2010.
[6]
Disponível em: http://www.observatoriodeseguranca.org/files/monografia_pdf.pdf,
acesso em 28.06.2010
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